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Direitos Previdenciários da Pessoa Autista: Entenda Seus Benefícios e Direito à Acessibilidade

Você já se perguntou quais são os direitos previdenciários disponíveis para crianças e adultos autistas no Brasil?

Se você é um pai ou uma mãe buscando apoio para seu filho autista, ou um adulto autista que deseja entender suas opções, este artigo é para você.

Nossa equipe de especialistas em direito previdenciário mergulhou fundo para explicar em detalhes como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), a Aposentadoria por Invalidez, a Aposentadoria da Pessoa com Deficiência, e muito mais podem fazer a diferença em sua jornada.

Saiba como garantir o acesso aos benefícios e serviços essenciais que podem melhorar a qualidade de vida de pessoas autistas.

Descubra como superar desafios e aproveitar ao máximo as oportunidades disponíveis. Você não está sozinho nessa jornada – estamos aqui para ajudar a fazer a diferença – e ,principalmente, para furar a barreira da burocracia.

No escritório Tenório Advogados, nossa equipe de especialistas está dedicada a desvendar o complexo sistema de benefícios previdenciários, permitindo que você se concentre em viver os melhores momentos da vida.

Veja no artigo:

Neste texto, você irá ler sobre:
1. Autismo e Conscientização no Brasil

Em nosso país, há uma crescente conscientização sobre a importância de apoiar e proteger os direitos das pessoas autistas.

No entanto, muitas vezes, o caminho para garantir esses direitos pode parecer complexo e desafiador.

É por isso que estamos aqui para oferecer uma visão clara e compassiva do Transtorno do Espectro Autista (TEA) relacionado aos benefícios e aposentadorias oferecidas pelo INSS.

O Transtorno do Espectro Autista é uma condição neurológica complexa que afeta a maneira como as pessoas interagem, se comunicam e percebem o mundo ao seu redor.

O TEA é altamente variável, manifestando-se de forma diferente em cada indivíduo. Justamente por isso que a nomenclatura remete à palavra “espectro”, de modo a representar os diferentes tipos de autismo.

Alguns autistas podem enfrentar desafios significativos de comunicação e interação social, enquanto outros podem ter habilidades excepcionais em áreas específicas.

É importante lembrar que o autismo não é uma doença, mas sim uma parte única da identidade de uma pessoa. Portanto, é essencial abordar o autismo com respeito, compreensão e apoio.

2. Visão Geral dos Direitos dos Autistas

A abordagem dos direitos pode variar dependendo da idade, das necessidades e das circunstâncias individuais.

Não temos a intenção de esgotar todo o tema aqui neste post, mas vamos dar uma boa noção para quem está lendo sobre o assunto pela primeira vez e, para quem conhece, um possível aprendizado.

Vamos apresentar algumas considerações específicas para cada grupo:

Crianças Autistas:

Em relação às crianças autistas destacamos as seguintes garantias: 

  • Educação Inclusiva: As crianças autistas têm direito à educação inclusiva, conforme estabelecido na Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015). Isso implica que devem receber suporte e adaptações individualizadas para participar de escolas regulares sempre que possível.
  • Apoio Terapêutico: Muitas crianças autistas se beneficiam de terapias especializadas, como a ABA (Análise do Comportamento Aplicada) e a Terapia Ocupacional, técnicas utilizadas para o aprendizado, comunicação interpessoal e integração da criança com o mundo ao seu redor. Os pais ou responsáveis podem buscar o acesso a esses serviços por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) ou de planos de saúde.
  • Benefício de Prestação Continuada (BPC): Caso a criança autista tenha deficiência grave e a família se enquadre nos critérios de renda estabelecidos, ela pode ter direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). Daqui a pouco a gente dá mais detalhes. Retornaremos a esse ponto com mais detalhes
  • Atendimento Prioritário: Crianças autistas têm direito ao atendimento prioritário em estabelecimentos públicos e privados, conforme a já referida Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015).
  • Acompanhamento Médico e Psicológico: É fundamental garantir que crianças autistas tenham acesso a profissionais de saúde especializados, como neurologistas, psiquiatras e psicólogos, para acompanhamento de seu desenvolvimento e tratamento, quando for se necessário.

Adultos Autistas:

Alguns adultos autistas podem precisar de apoio para exercer seus direitos N, no entanto, outros adultos autistas são capazes de exercer seus direitos de forma plena e independente.

Com isso podem ter direito a:

  • Reabilitação Profissional: O INSS oferece serviços de reabilitação profissional para adultos autistas que desejam ou podem retornar ao mercado de trabalho com apoio e treinamento.
  • Acesso ao Mercado de Trabalho: A Lei de Cotas (Lei nº 8.213/1991) estabelece que empresas com determinado número de funcionários devem reservar vagas para contratação de pessoas com deficiência, e nesse contexto, adultos autistas podem ser contratados.
  • Atendimento Prioritário: Assim como as crianças, os adultos autistas também têm direito ao atendimento prioritário em estabelecimentos públicos e privados.
  • Acesso a Terapias e Tratamentos: Alguns adultos autistas continuam a se beneficiar de terapias e tratamentos ao longo da vida, sendo importante que tenham acesso a esses serviços.
  • Aposentadoria por Invalidez e Auxílio-Doença: Adultos autistas podem solicitar a Aposentadoria por Invalidez ou o Auxílio-Doença, caso enfrentem incapacidade total ou temporária para o trabalho, de acordo com a avaliação médica e social do INSS.
  • Aposentadoria da pessoa com deficiência: Adultos autistas podem solicitar esse tipo de aposentadoria, que possui como característica, a possibilidade de menor tempo de contribuição e menor idade para se aposentar.
3. O Papel do INSS: Direitos Previdenciários

Este órgão do governo brasileiro é responsável por garantir que os cidadãos tenham acesso aos benefícios previdenciários e assistenciais necessários para viver com dignidade.

O adulto autista pode ser um segurado do INSS se não houver nenhum tipo de impedimento específico.

De acordo com a Lei 8.213/91, que regulamenta o sistema previdenciário brasileiro, são segurados obrigatórios, ou seja, que tem a necessidade de contribuir para o INSS:

 

  • Trabalhadores empregados;
  • Trabalhadores avulsos;
  • Trabalhadores rurais;
  • Contribuintes individuais;
  • Empregadores;

 

Para se enquadrar como segurado obrigatório, o adulto autista deve exercer uma atividade remunerada, como emprego formal, trabalho avulso ou trabalho rural.

Ele também pode se enquadrar como segurado facultativo, caso opte por contribuir para o INSS.

No entanto, é importante ressaltar que o autismo não é uma condição que, por si só, impede o exercício de atividade remunerada.

O adulto autista pode ser um segurado do INSS e contribuir para a Previdência Social, desde que atenda aos requisitos legais.

No caso de adultos autistas que não conseguem exercer uma atividade remunerada, eles podem ter direito a benefícios previdenciários, como o BPC/LOAS.

4. Como ter acesso aos benefícios e aposentadorias do INSS?

Daqui em diante a gente vai dar uma focada e seremos um pouco mais detalhistas na parte previdenciária.

Nós vamos explicar um exemplo prático com a ajuda da Ana.

Ana é uma criança de 5 anos diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Sua família está empenhada em garantir que ela tenha acesso a todos os direitos apropriados à sua condição:

Fase 1 – Infância (Criança Autista):

No que se refere a educação inclusiva, os pais de Ana matriculam-na em uma escola que oferece a educação inclusiva, onde ela recebe apoio de professores e profissionais de apoio especializados.

Além disso, Ana frequenta sessões de terapia ocupacional e ABA para desenvolver habilidades sociais e de comunicação.

Devido ao diagnóstico de TEA de Ana e à renda familiar adequada, eles conseguem obter o Benefício de Prestação Continuada/BPC para ajudar a custear os tratamentos e cuidados de sua filha.

Fase 2 – Adolescência (Adolescente Autista):

Ana continua a frequentar a escola inclusiva e começa a receber apoio para planejar sua transição para a vida adulta.

E, mais, ela  participa de programas de treinamento e qualificação profissional para aprender habilidades profissionais e explorar opções de carreira.

Fase 3 – Adultez (Adulto Autista):

Depois dos vários anos de tratamento direcionado, Ana ficou apta para o trabalho e ela pode buscar emprego.

Ana decidiu seguir a carreira de atriz de modo independente com contratos autônomos. Perante o INSS, ela deixou de receber o LOAS/BPC e passou a ser segurada, na modalidade contribuinte individual.

Se ela quiser um emprego fixo, pode ser empregada em empresas, de acordo com as suas habilidades, atendendo à Lei de Cotas.

Em termos de aposentadoria, a Ana pode ter acesso a qualquer uma das diversas modalidade de aposentadoria como a:

 

E também aos demais benefícios, como

 

Este exemplo ilustra como os direitos das pessoas autistas podem evoluir ao longo de suas vidas, adaptando-se às suas necessidades específicas em cada fase.

A ciência e o acesso das pessoas a tratamentos e busca de diagnósticos para seus problemas de saúde podem ser uma surpresa para muitos.

O diagnóstico de TEA pode ser tardio e descoberto apenas na vida adulta, como o caso da atriz Letícia Sabatella, que revelou ter descoberto ser autista num grau leve, de um tipo que é chamado de Asperger.

Dependendo do caso dela, documentação e análise detalhada, ela pode ser considerada como pessoa com deficiência e ter acesso a aposentadoria da pessoa com deficiência.

Vamos saber mais sobre as aposentadorias e os benefícios para autistas.

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5. Aposentadorias e benefícios do INSS para os autistas

Como existem várias possibilidades, vamos dar detalhes e dicas exclusivas sobre a aposentadoria de pessoas com deficiência e o LOAS/BPC.

Em relação aos demais benefícios, vamos dar alguns caminhos.

Clique aqui e você terá acesso ao nosso Blog com um monte de artigos especiais sobre as diversas modalidades de aposentadoria e benefícios.

Se quiser, pode clicar na lupinha que fica no canto superior direito da tela e pesquisar sobre o que você quiser.

Agora iremos dar alguns detalhes que pouca gente sabe: LOAS/BPC para autistas e Aposentadoria da Pessoa com Deficiência Autista.

6. LOAS/BPC para autistas

O LOAS, que significa Lei Orgânica da Assistência Social, e o BPC, que significa Benefício de Prestação Continuada, são termos que se referem ao mesmo benefício assistencial.

Embora o BPC seja previsto na Lei nº 8.741/1993, que trata da Assistência Social no Brasil, sua gestão, verificação de requisitos e pagamento são realizados pelo INSS.

Portanto, quando se ouve falar em “benefício do LOAS” ou “recebimento do BPC”, eles se referem ao mesmo benefício e não são distintos.

No geral, tem direito ao BPC o brasileiro nato ou naturalizado e as pessoas de nacionalidade portuguesa que comprovem residência no Brasil. Para receber o BPC, é necessário atender aos seguintes critérios:

  • Pessoa idosa, com idade de 65 anos ou mais;
  • Pessoa com deficiência, de qualquer idade. Além disso, o beneficiário deve comprovar que mora sozinho ou em grupo familiar e que a renda mensal per capita não ultrapassa ¼ do salário mínimo. A renda per capta se calcula pela renda total da família dividida pelo número de integrantes.

 

Para o autista não há idade mínima exigida para solicitar o BPC da LOAS.

A lei considera como PCD aquela pessoa que tem um impedimento de longo prazo, com duração de pelo menos 2 anos, que a impede de participar plenamente na sociedade.

Provar esse impedimento requer uma perícia no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e apresentação de documentação adequada.

Além disso, para ser elegível ao BPC/LOAS, o autista também deve comprovar uma situação financeira vulnerável, com uma renda familiar per capita igual ou inferior a ¼ do salário mínimo vigente no ano do pedido.

Essa exigência de renda pode ser flexibilizada em casos específicos, portanto, a consulta a um escritório especializado é recomendada se o pedido for negado devido à falta de comprovação de renda.

Caso o pedido seja negado, buscar assistência jurídica pode ser necessário.

É importante entender os critérios e processos envolvidos na obtenção do LOAS/BPC para garantir que os direitos sejam devidamente protegidos.

Para obter informações detalhadas sobre como solicitar o benefício e o que fazer em caso de negação, consulte o artigo: Novo LOAS/BPC 2023: Veja se você tem direito!.

7. Advocacia Especializada

Se você está considerando a solicitação de benefícios previdenciários seja para o seu filho (a) ou para você, é importante sim consultar um advogado especializado em direito previdenciário.

Sabe por quê?

Esse profissional desempenha um papel fundamental em fornecer orientação e assistência especializada.

Ao optar por contratar um advogado especialista, você terá acesso a uma série de vantagens que podem fazer toda a diferença em sua busca por benefícios:

  • Receber orientação adaptada às suas circunstâncias individuais, levando em consideração sua condição de saúde e suas necessidades específicas;
  • Organizar e identificar as evidências médicas e documentais, preparando a documentação de maneira eficaz para a apresentação dos pedidos;
  • Orientar sobre como se preparar adequadamente para a perícia médica, assegurando que sua situação seja avaliada com precisão;
  • Caso sua solicitação inicial seja negada, um advogado especializado tem a expertise para apresentar recursos e, se necessário, ingressar com ações judiciais para garantir seus direitos;
  • Evitar o estresse de lidar diretamente com o INSS.

 

Ter um advogado experiente ao seu lado vai aliviar essa carga, permitindo que você foque em sua saúde e bem-estar.

Resumindo, um advogado especializado possui conhecimentos específicos e vasta experiência na área.

Para saber mais sobre como contratar um advogado online para sua aposentadoria ou auxílio-doença, confira nosso guia prático: Contratando um Advogado Online para Sua Aposentadoria ou Auxílio-Doença: Um Guia Prático para uma Escolha Consciente.

Para compreender o que é necessário para solicitar o auxílio-doença, acesse O Que Preciso Saber Para Pedir o Auxílio-Doença?.

Se o seu pedido de auxílio-doença pelo INSS foi negado, não perca tempo. Saiba como proceder em nosso artigo: Tive Meu Pedido de Auxílio-Doença Negado Pelo INSS, O Que Devo Fazer?.

E se você tem curiosidade sobre os preços de advogados previdenciários, saiba mais em Quanto Cobra um Advogado Previdenciário em 2023?.

8 Fechando o assunto

Caro leitor, você fez uma escolha inteligente ao chegar até aqui!

Esperamos que as informações que compartilhamos tenham cumprido a nossa missão, explicada no começo deste post, proporcionando uma compreensão mais profunda sobre os benefícios, direitos previdenciários, como o LOAS/BPC, para as pessoas autistas.

O autismo é uma condição que pode afetar a vida de uma pessoa em diversos aspectos, incluindo a sua capacidade de trabalhar e de obter benefícios previdenciários.

O inimigo em comum dos autistas é a burocracia. O processo de solicitação de benefícios previdenciários pode ser complexo e demorado, e os autistas podem enfrentar desafios para compreender e responder às exigências.

É importante que os autistas conheçam seus direitos previdenciários para que possam obter o suporte financeiro de que precisam para viver uma vida plena e independente.

O Tenório Advogados está à disposição para fornecer assistência e orientação especializada em questões previdenciárias.

Para obter mais informações, você pode acessar o seguinte link: Planejamento Previdenciário: Um Guia Completo para Assegurar seu Futuro.

Nossa equipe está pronta para oferecer suporte e orientação personalizada para garantir que você obtenha os benefícios que merece durante esse momento.

Se você ainda está com dúvidas ou deseja um acompanhamento personalizado, entre em contato com a nossa equipe por meio do nosso WHATSAPP, para agendarmos uma consulta.

O Tenório Advogados Associados tem atuado em Pernambuco há mais de 20 anos com especialização em Direito Previdenciário. Temos orgulho da nossa tradição de excelência em nossos serviços.

Ah, se você gostou das informações deste texto, aproveite e compartilhe elas com a família e os amigos!

Agradecemos desde já pela atenção e até a próxima!

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Paulicléia Tenório

Advogada da Tenório Advogados, OAB 38347 PE, graduada pela Universidade Federal de Pernambuco e pós-graduada em Direito Previdenciário pela INFOC.

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Paulicleia Tenório
Advogada da Tenório Advogados, OAB 38347 PE, graduada pela Universidade Federal de Pernambuco e pós-graduada em Direito Previdenciário pela INFOC.